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terça-feira, 27 de outubro de 2009

O que eu penso sobre a NOITE?



A noite é a antagonia em pessoa. O glamour dos que vivem na noite, o submundo dos operários que ganham a vida servindo, divertindo as pessoas, sendo tratados como máquinas, ouvindo histórias de uma realidade completamente oposta.
O olhar daqueles que vivem rodeados de amigos verdadeiros ou falsos. O olhar da pessoa que vive na angústia constante da solidão, que é exaltada pelas luzes artificiais, principalmente quando faltam estrelas no céu.
Os amores que começam e terminam à noite. As declarações e as traições noturnas...
O poder da noite sob todo tipo de feitiços, principalmente os de AMOR.
É à noite que colocamos a cabeça no travesseiro e fazemos uma retrospectiva de um dia bom ou ruim.
A noite, como dizem, pode ser uma criança, mas muitas vezes, não tem a pureza, a leveza ou a simplicidade infantil.
É geralmente mais à noite, que vejo as mágoas serem afogadas em doses infinitas de wiskys, vodkas, litros e litros de champagne ou cachaça, mesmo.
É à noite, assim que os refletores se apagam , que os artistas costumam sentir um vazio enorme depois terem sido ovacionados por uma platéia lotada e radiante.
É a noite que se vê os velórios mais sombrios e os nascimentos mais emocinantes nos hospitais, que abrigam plantonistas que muitas vezes não sabem se é dia, ou se é noite.
É na calada da noite, que muitos planos mirabolantes são elaborados.
E é só à noite, que a insônia tem vida, pois de dia, ela morre; no máximo se transforma em cansaço ou mal humor.
A noite coroa diariamente o silêncio, que reina até que o primeiro galo cante (com algumas excessões).
Sinto que Deus fala mais comigo à noite, talvez porque seja à noite o momento em que o meu coração mais se acalma.
À noite possui a magia e o encanto necessários para que os amantes façam as serenatas mais tocantes e inspiradoras.
A noite é mais perigosa que o dia, mas também é muito mais romântica.
Luz de velas, luau, fondue, lareira, fogueira, tochas, brilhos, neons...
Tudo isso só tem vida à noite.
O bom da vida é justamente essa “troca de guardas”: o dia pela noite e vice-versa.

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