Paulah Gauss participa às sextas das 11h às 12h no Programa Paulo Lopes da Rádio Capital 1040am ou pela internet: http://www.capital1040.com/

sexta-feira, 27 de julho de 2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Inteira


Por muito tempo tive medo.
Não sabia que havia um universo muito maior do que aquele que eu conhecia.
Não imaginava que as relações poderiam ir além daquilo que eu vivia.
Demorei muito tempo para tomar a decisão de ampliar o meu olhar e mergulhar no oceano de mim mesma.
Comecei a enxergar todas as pessoas sob um novo olhar. A realidade estava sendo escancarada para mim.
Nesta hora tive um choque e senti muita dor.
Percebi que muita coisa apenas parecia, mas não era; muitos falavam, mas não sentiam.
Entendi que todos possuem traumas, fraquezas, medos e neuras. Mesmo aqueles que se mostram fortes, principalmente esses, que se mostram fortes.
Aprendi que euforia, muitas vezes é a máscara colorida que esconde a tristeza, o vazio.
Passei a entender porque muitos adoecem, outros comem demais, outros se drogam, outros são promíscuos.
Há um enorme vazio dentro de cada ser e esse espaço pode ser preenchido de várias maneiras.
O silêncio é uma delas e a maioria das pessoas menospreza o silêncio.
A solidão também; essa, é tratada como se fosse um fantasma que ninguém quer encontrar pela frente.
Ambos sempre fizeram parte dos meus medos.
Eu tinha uma necessidade incontrolável de falar e falar e falar, sem me escutar, sem escutar os outros.  E me justificar e agradar e ser necessária para as pessoas. Desta forma, eu abria mão de saborear cada momento e enxergar os tesouros que as pessoas tinham para me dar.
Finalmente chegou o tempo de compreender que o silêncio é um grande presente que me permite sentir, refletir, perdoar, aceitar, agradecer e me conectar com o Divino.
A solidão foi e é fundamental, afinal, apesar de ter sido inspirada por pessoas, acontecimentos, relacionamentos, leituras e músicas, eu tive que decidir sozinha. Deus nos deu o livre-arbítrio e essa palavra esta diretamente ligada à solidão, pois faço as minhas escolhas sozinha.
Assim, passei a me sentir mais segura. Encontrei algumas respostas, comecei a fazer algumas perguntas.
Joguei fora aqueles medos e agradeci.
Agradeci por todo esse processo, pelo crescimento, pelos novos caminhos, pelos ensinamentos e principalmente pela liberdade que sinto desde quando me conheci de verdade. Desde quando enjoei de ser pela metade e passei a ser inteira.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Noção


Quando a razão consumiu meu coração
Perdi o rumo, perdi a hora, perdi a noção.
Já não sabia mais o que seria de mim,
Apesar de tantos raciocínios tolos,
Eu não tinha a menor direção.
E só me vinha aquela brutal sensação de abandono e de insatisfação.
Tudo passou, eu aprendi.
Percebi que o que vale é ter noção.
A exata noção do equilíbrio entre razão e emoção.
E quem é que pode nos dar essa noção?
Só Deus, através de nossa mente e de nosso coração.

O meu coração pede calma para a razão.