Aonde é que vou parar com este meu coração?

Um dia escrevi que o artista mergulha em seu interior, volta, depois mergulha de novo...depois volta e isso nunca acaba.

O cansaço desta vez tomou conta de mim. Fiquei exausta de tanto querer amar e ser amada.

Percebi que não é assim...o amor não é nem fórmula matemática e nem remédio.

Ele brota e cresce naturalmente. Não adianta eu querer faze-lo crescer com pitadas de fermento ou anabolizantes. Isso só deixa o amor doente e moribundo.

Quero me esvaziar novamente. Quero acordar sem a necessidade de pensar em você. Quero me livrar desta ansiedade de esperar telefonemas e convites teus.

Só Deus e o meu travesseiro sabem o quanto eu tentei te dar o meu amor. Pensava que dando, eu receberia, que você poderia ser tocado e transformado, que eu poderia ajudar a cicatrizar este seu coração tão machucado. Isso faz parte de um lado pueril que eu ainda possuo e não desejo perder.

A dor tem muita utilidade para mim. Ela proporciona conteúdo para a minha arte.

Sempre te disse, que o que importa nesta vida é sentir, mas preciso dizer agora que cansei.

Com você, eu já ganhei bastante dor para as minhas interpretações.

Agora, quero buscar apenas a leveza que me fará voar e cantar alegremente como os passáros felizes.